Desvendando os segredos das supernovas

A animação desta Fotografia da Semana mostra-nos a galáxia próxima NGC3456 em milhares de diferentes cores, ou comprimentos de onda, obtida com o Very Large Telescope (VLT) do ESO, no Observatório do Paranal. Graças a observações de mais de 100 galáxias, incluindo esta, os astrónomos estão a descobrir que as estrelas massivas têm propriedades que podem influenciar se essas estrelas acabarão ou não as suas vidas numa explosão de supernova. 

As supernovas cujo núcleo colapsa correspondem a mortes extremamente energéticas de estrelas massivas, com oito ou mais vezes a massa do nosso Sol. Para além do tamanho, as propriedades exatas — tais como a composição química — das estrelas que terminam a sua vida sob a forma de supernova são pouco conhecidas, porque raramente as observamos antes de explodirem. No entanto, podemos estudar os locais das explosões.

É precisamente o que faz um novo estudo liderado pelo antigo estudante do ESO Thallis Pessi da Universidad Diego Portales (Chile). Os investigadores analisaram galáxias onde ocorreram supernovas, comparando os locais das explosões às outras regiões dessas galáxias, e descobriram que a proporção de elementos mais pesados que o hidrogénio ou hélio influencia a ocorrência de uma supernova: estrelas massivas que se formaram de gás com menor abundância destes elementos têm maior probabilidade de explodir sob a forma de supernovas.

A equipa utilizou dados do instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) montado no VLT. O MUSE separa a luz, que nos chega de todas as regiões de uma galáxia contidas no seu campo de visão, num arco-íris ou espectro, o que permite mapear a composição química destas galáxias.

Créditos:

ESO/T. Pessi et al.

 

Sobre o vídeo

Id:potw2345a
Língua:pt
Data de divulgação:6 de Novembro de 2023 às 06:00
Duração:42 s
Frame rate:25 fps

Sobre o objeto

Nome:NGC3456
Tipo:Early Universe : Star : Evolutionary Stage : Supernova

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